terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sistema Circulatório produzido por Patrícia

Olá pessoal, sou a professora Patrícia, e a aula de hoje será sobre o Sistema Circulatório.

Na história dos estudos sobre o funcionamento do coração, encontramos diversos médicos, artistas e cientistas, entre eles Hipócrates, Galeno,  Versalius e Da Vinci.
Alguns desenhos anatômicos de Leonardo da Vinci são considerados obras-primas nunca superadas. Em um de seus ensaios Da Vinci retratou a anatomia do coração.
Órgão muscular vital que localizado entre os dois pulmões e se encontra ligeiramente voltado para a esquerda. A membrana que reveste o coração externamente é chamada de pericárdio e tem a função de proteger e evitar o atrito do coração com o pulmão e estruturas próximas. O músculo que forma as paredes do coração é chamado miocárdio.
O coração dos seres humanos, assim como dos demais mamíferos, das aves e de alguns répteis apresenta quatro cavidades: dois átrios (cavidades superiores) e dois ventrículos (cavidades inferiores). Para impulsionar o sangue, o coração realiza, nos átrios e ventrículos, movimentos de contração denominados sístole e de relaxamento denominados diástole. Acompanhe esse processo:
Veia Cava Superior juntamente com a veia cava inferior traz o sangue venoso do corpo para o coração e desemboca no átrio direito.
Átrio Direito → recebe o sangue venoso do corpo inteiro.
Ventrículo Direito → recebe o sangue que é bombeado pelo átrio direito.
Artéria Pulmonar → leva o sangue venoso do Ventrículo Direito para os pulmões.
Veias Pulmonares → trazem o sangue arterial dos pulmões para o átrio esquerdo.
Átrio Esquerdo → recebe o sangue arterial que vem dos pulmões.
Ventrículo Esquerdo → recebe o sangue que é bombeado pelo átrio esquerdo.
Miocárdio → músculo esquerdo.
Você já deve ter ouvido falar em pressão sanguínea ou até em pressão alta e baixa. Mas o que isso significa?
Os valores relacionados à pressão arterial correspondem às medidas de pressão nos vasos arteriais no momento de sístole e de diástole. Por exemplo, em um adulto com pressão normal de 120 mmHg x 80 mmHg, temos que 120 se refere à pressão sistólica e 80 à diastólica.
O movimento do sangue pelo corpo é chamado de circulação. Por meio dela, ocorrem o transporte e a distribuição de substâncias, como os nutrientes e o oxigênio, que, assim, chegam até nossas células.
O sistema cardiovascular humano, como o dos outros vertebrados, é considerado fechado, isto é, o sangue circula somente em vasos sanguíneos. Há três tipos principais de vasos sanguíneos: as artérias, as veias e os capilares.
As artérias levam o sangue do coração para outras partes do corpo. Do coração, parte uma grande artéria chamada aorta, que leva o sangue oxigenado para ser distribuído a todos os órgãos do corpo.
As veias trazem o sangue do corpo para o coração e possuem paredes menos espessas que as das artérias. As veias maiores têm válvulas que impedem o refluxo do sangue. As veias cavadas superior e inferior são os vasos pelos quais o sangue (rico em dióxido de carbono) retorna ao corpo em direção ao coração.
Os capilares são finíssimos vasos que conectam as veias e as artérias. Os capilares possuem somente uma camada de células, que facilita a troca de substâncias.
Quando o coração bombeia sangue, provoca um aumento no diâmetro das artérias, que logo voltam ao normal. Esse movimento é chamado de pulsação e pode ser percebido em algumas regiões do corpo onde as artérias se encontram próximo da pele. Cada pulsação corresponde a uma sístole, por isso, podem servir de parâmetro para analisar os batimentos cardíacos.
Agora acompanhe o caminho do sangue pelo corpo. Nos alvéolos pulmonares, o sangue é oxigenado e enviado ao átrio esquerdo do coração pelas veias pulmonares. Passa, então, ao ventrículo esquerdo e é bombeado para todo o corpo por meio da artéria aorta. Após as trocas gasosas, o sangue (agora com maior concentração de dióxido de carbono) retorna por duas grandes veias, chamadas de cavas, para o átrio direito e, em seguida, para o ventrículo direito. Desse ventrículo, segue pela artéria pulmonar até o pulmão, onde o ciclo se reinicia.
A circulação coração-pulmão-coração é conhecida como circulação pulmonar ou pequena circulação, e a circulação coração-partes do corpo-coração é chamada grande circulação ou circulação sistêmica.
O sangue tem três tipos de substâncias aproveitáveis: as hemácias, as plaquetas e o plasma. Elas são separadas e cada receptor recebe somente a parte de que precisa.
Mais da metade do sangue compõe-se de um líquido amarelo-claro chamado de plasma. O plasma é formado, basicamente, por água (90%) e por outras substâncias, como nutrientes variados, hormônios, enzimas e anticorpos. O restante do sangue é formado por três componentes celulares: eritrócitos (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas.
Os eritrócitos ou glóbulos vermelhos são as células mais numerosas do sangue e, em cada milímetro cúbico (cerca de uma gota de sangue), encontram-se mais de 4 milhões dessas células. Nos mamíferos, elas não possuem núcleo e apresentam uma concavidade central.
Como vimos, os eritrócitos são ricos em hemoglobina, que se combina com o gás oxigênio para transportá-lo, podendo, também, combinar-se com o gás carbônico. Essas células sobrevivem cerca de 120 dias. Depois disso, as hemácias antigas são removidas e substituídas por novas células, produzidas na medula óssea (tecido que ocupa o interior dos ossos).
O sangue também realiza o importante papel de defender o organismo contra doenças, e as células que fazem essa defesa são os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos.
Os leucócitos são células nucleadas produzidas na medula óssea. Existem muitos tipos de leucócitos, cada um com uma função específica, sendo o neutrófilo o tipo mais comum. Em cada milímetro cúbico de sangue, é possível encontrar de 5 a 10 mil leucócitos. Uma contagem muito aumentada pode indicar que o individuo está com infecção.
Alguns leucócitos podem sair dos capilares para combater micro-organismos e substâncias  estranhas ao organismo. Nessa ação, muitos morrem juntamente com o invasor e, com o tecido lesado, formam o pus.
E a casca da ferida? Como se forma?
Você já percebeu que, assim que nos machucamos, em pouco tempo, o sangramento já tende a diminuir?
Isso somente acontece pela ação das plaquetas, que possuem uma importante função reparadora. Esses pequenos fragmentos de célula são extremamente importantes, pois são as plaquetas que previnem e interrompem as hemorragias (hemostasia), participando da coagulação sanguínea.
A coagulação não depende somente das plaquetas, estando relacionada a outros fatores, como, por exemplo, a presença de algumas vitaminas (C e K).
Depende, também, de fatores genéticos e ambientais, como a exposição à radiação.
Em cada milímetro cúbico de sangue, há cerca de 200 a 400 mil plaquetas e, se não fosse por elas, qualquer pequeno corte sofrido poderia representar sérios riscos de morte. A plaqueta circula no sangue em média de 9 a 10 dias. Após esse período, é destruída pelo baço.
                                                               Tipos de sangue
Há muito tempo, sabe-se da importância do sangue e, por séculos, os médicos tentavam realizar transfusões sanguíneas em pacientes com doenças graves. Porém, a maioria não sobrevivia. Foi somente no ano de 1900 que o médico Karl Landsteiner percebeu que, ao reunir as células de dois pacientes, ocorria uma reação entre elas, o que levava, à aglutinação, ou seja, à aderência entre as hemácias, causando complicações sérias. A aglutinação é uma reação que ocorre porque as hemácias dos seres humanos podem se diferentes entre si. Assim, o organismo não reconhece as glicoproteínas estranhas das outras hemácias e reage. Dessa forma o Dr. Landsteiner conclui que haveria diversos tipos sanguíneos, posteriormente classificados em A, B, AB e O, que constituem o sistema ABO.
Veja no esquema as possibilidades de transfusões dentro do sistema ABO. Note, pelo esquema, que um indivíduo que possui sangue tipo O pode doar sangue a pessoas com qualquer tipo sanguíneo e, por isso, este é considerado doador universal. Já os que têm sangue tipo AB podem receber sangue de qualquer outro tipo, sendo chamados de receptores universais.
Além do sistema ABO, existe o sistema Rh, que determina a presença ou ausência da proteína denominada fator Rh nas hemácias. Assim, pessoas que são Rh positivas possuem a proteína, enquanto as que são Rh negativas não as possuem.
                                               DOENÇAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Aterosclerose → depósito de gordura na artéria irá formar placas, diminuindo o abastecimento de sangue para os órgãos, levando a formação de coágulos e trombose.
Infarto do Miocárdio/Ataque Cardíaco → causado pela redução de fluxo sanguíneo nas coronárias, levando a necrose (morte) de parte do músculo cardíaco.
Ponte de Safena Se uma das artérias do coração está bloqueada, a pessoa pode ter um infarto, nesse caso, o procedimento mais comum é a ponte de safena, uma emenda que desviará a circulação, a fim de evitar o bloqueio. O procedimento recebeu esse nome porque a emenda é normalmente feita com um pedaço da veio safena (localizada na perna).
Como existem várias veias semelhantes na região, a retirada de parte da safena não prejudica a circulação da perna e ajuda a normalizar o funcionamento do coração.
AVC (Acidente Vascular Cerebral)Acontece quando o rompimento de um vaso sanguíneo atinge parte do cérebro, podendo deixar seqüelas ou até mesmo levar a morte. O AVC é popularmente conhecido como “derrame”.
Varizes
Acontece quando as válvulas presentes nas veias não conseguem conter o fluxo, causando aumento e distensão desses vasos sanguíneos.
Doenças do Sangue
Existem algumas doenças relacionadas aos elementos do sangue.
Leucemia: na maioria das vezes, sua origem é desconhecida. Atinge os glóbulos brancos (leucócitos) e tem como principal característica o aumento do número de leucócitos. Como esses leucócitos são muito jovens, não defendem bem o organismo contra invasores.
Hemofilia: nome dado a diversas doenças hereditárias que prejudicam a coagulação sanguínea.
Anemia: ocorre devido a diminuição da concentração da hemoglobina e à redução da quantidade de hemácias no sangue. Isso resulta em uma redução da capacidade do sangue em transportar o oxigênio aos tecidos. A anemia mais comum é causada pela falta de ferro, mas existem anemias que acontecem por desordens genéticas, como a anemia falciforme e as talassemias.

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